"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro." Clarice Lispector


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mãe...

Este fim de semana minha filha viajou com o colégio. Estava superrr feliz e empolgada. Eu, ao contrário, estava verdadeiramente EXAUSTA sexta à noite. Tudo bem se eu tivesse a possibilidade de dormir até mais tarde como em geral é seu direito no sábado... pelo menos para mim. Porém, ela deveria estar às 7 da manhã na porta do colégio. O que gostaria de fazer em relação a isso?? Primeiro: berrar... muuito... AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!! Segundo: mandá-la de taxi. Mas quando comentei isso com ela, a resposta foi: tudo bem ...não tem problema... Perguntei se queria que eu a levasse e me disse prontamente: SIM!

Uma suuper amiga minha que estava em casa não entendeu nada e quando conversamos sobre isso me questionou o por que de fazer isso, por que não chamar um táxi? Que tanta culpa eu sentia?

Sabe, fiquei pensando e pensando o por que.

Quando fui levá-la, estávamos na frente do colégio e vi a carinha dela feliz porque eu estava lá, me apresentando para as amigas e mães de amigas. Ela estava com a carinha de "minha mãe também está aqui comigo". Além disso, quando me dei conta, percebi minha própria expressão e o meu sorriso bobo no rosto.

Li uma frase em uma revista que acredito ser inteiramente verdade: a mãe sai da maternidade com um bebê no colo e um saquinho de culpa na mão". É verdade. Por outro lado é tanta culpa que você questiona tudo e, no fim, o que às vezes é simples se torna um super questionamento como aconteceu este fim de semana. Queria levá-la por culpa ou por que? No final, eu queria simplesmente porque me dá prazer e me deixa feliz estar com elas nestes momentos bobos...


Sabe o texto que postei dias atrás? Culpa, o pretinho básico... e completo: principalmente das mães!

Este é o link para quem quiser ler ou reler.
http://momentoliberdade.blogspot.com/2010/05/ouco-vozes.html

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