"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro." Clarice Lispector


sábado, 31 de julho de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Deixa o velho para o novo chegar...

Minha amiga tão amada acaba de enviar o seguinte texto do Fernando Pessoa:

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

A mensagem dispensa qualquer comentário... Obrigada minha amiga, eu a farei!

Sonhar.

Eu confesso, sou sonhadora... mas o que eu posso fazer?? Sou assim... apenas posso aceitar e continuar a sonhar.... ;0)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Calado.

Acho irritante uma pessoa 'sabe tudo'. Mas quando uma pessoa querida subestima você e ainda quando percebe o que fez diz que tentou te ajudar é arrogância mesmo... de onde saiu isso???

A minha resposta é a de sempre: fica quietinho que você fica mais bonitinho caladinho!

Envelhecimento.

Este é um fragmento de uma entrevista dada por Lya Luft onde nele ela fala sobre envelhecimento. Adorei e por isso compartilho com vocês.

ENVELHECIMENTO
"Envelhecer é apenas mais uma fase de viver, mais uma etapa da transformação que inicia no nascimento e termina no último suspiro. Nunca tive a visão da velhice, na qual estou quase no umbral (pra mim começa hoje aos 80), como decadência. Não precisa ser solidão e isolamento, amargura e inércia. Havendo suficiente saúde, sobretudo mental, pode-se sempre reatar ou criar laços, interesses, coisas. Contemplar a natureza, o ser humano, sei lá. Para mim, mais uma vez, é tudo natural. Para que querer ter sempre 20 anos? Para que se desejar espírito jovem, se o espírito dos 70 ou 80 pode ser até melhor, mais rico, mais experiente, mais elegante e mais sereno, mas nunca desinteressado?".














Para ler toda a entrevista segue o link:
http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,206,2967453,Entrevista-Lya-Luft-fala-sobre-sua-busca-pela-simplicidade.html

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mãe sempre sabe tudo...

Às vezes olho para as coisas e tenho uma sensação estranha, como se estivesse enjoada daquilo e de tudo que vejo ao redor.

Um dia comentei com a minha mãe e perguntei se entendia o que eu queria dizer e ela me respondeu rapidamente: “Entendo perfeitamente, sabe qual é o nome disso?" Respondi que não e então me disse: "SACO CHEIO.”

Impressionante a clareza com que ela enxerga as coisas.


Mãe é tudo... e a minha é mais que tudo!

Why does my heart...

Pena...

Tomei a triste consciência que não quero ver uma pessoa que amo muito. Meu momento me tira o poder do jogo de cintura, da paciência, da diplomacia, do ouvir e relevar...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Como parar?

Acessos de fúria. Acessos de choro. Acessos de desespero. Esgotamento. Variações de humor. Lapsos de memória. Concentração zero. Euforia.

Culpa. Culpa por sentir tristeza, por achar que sou vitima e eu odeio vitimismo, porque eu deveria fazer mais, porque coisas acontecem porque sou acomodada, porque não sou boa o suficiente... Viu??? Me faço de vítima!! Oh my Gosh!

Raiva. Raiva por sentir culpa, por não me dar à chance de ser humana, de ter fraquezas, de me deixar ser como eu sou, de não querer ser no formato estipulado por outros. De haver saído de uma relação de anos, voltar depois de estar anos fora do país, cuidar da minha filha adolescente, começar a vida profissional do zero, não ter um puto furado no bolso, cuidar da casa sozinha e achar que isso não cansa....

Cansaço. Um cansaço absoluto, exaustão infinita. E junto com ele vem o esforço em sair desta roda viva ridícula de probleminhas e problemões que nunca mudam e são ‘boring’...

E vagamente lembro o médico dizendo ‘você ainda não começou a terapia?!?’ e também ‘... às vezes a gente se acostuma com coisas sem perceber... cargas que não precisa e não deveria levar...’ É isso????

E volta a pergunta: como faço parar?

Eu preciso fazer parar.

Beijo

Beijo. Eu confesso que adoro beijar e acredito ser uma das melhores coisas da vida... mesmo!

Seguindo o projeto "O Amor de A a Z segundo o homem sincero" lembrei desta imagem que eu adoro. Pode ser clichê, mas repito: adoro.

Para seguir o projeto vejam...

http://fabiohernandez.wordpress.com/2010/07/27/b-e-de-beijo-o-amor-de-a-a-z-segundo-o-homem-sincero/

Abaixo vai a historinha da imagem que, apesar de ser batida, eu adoro!

Robert Doisneau sempre disse que esta foto de 1950 (Le Baiser de l'Hotel de Ville) era espontânea mas, em 1992, revelou que o beijo do casal foi armado por ele. Não importa: afinal, toda fotografia (e toda arte) é só uma representação do real. Em 1950 Doisneau ainda era desconhecido. Esta foto foi tirada para a revista Life, que havia pautado Doisneau para fotografar os amantes de Paris no pós-guerra. A foto, tirada no Hotel de Ville, é a que mais consta dos postais dos parisienses, ainda hoje. A moça é Françoise Bornet, hoje com 80 anos (em 1950 ela tinha 20 anos). O homem que ela beija era seu colega do curso de teatro, Jacques Carteaud, já morto.


Voar.

Não tenta me segurar, eu VOU voar...


sábado, 24 de julho de 2010

Meu canto.

Uma das melhores coisas da minha vida, quer dizer, uma das melhores coisas que fiz por mim foi ter morado fora do Brasil. Vivi em alguns lugares, estive em um monte deles, aprendi várias coisas, vi mais um montão delas, conheci tanta gente diferente de mim e muito, muito mais... e sei que isso não tem preço. Aprendi a gostar mais ainda de onde vim. Hoje sentada aqui escrevendo (finalmente escrevendo), olho para minha casinha e sinto... a sensação é tão boa, gosto tanto daqui, me sinto tão bem aqui... meu cantinho, minhas coisas... a parte ruim é a sensação de que não quero ir embora de novo, não quero mudar de novo...
Não quero sentir esta angustia, é só passageira não é??...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Saudade, escrever, loucos, ...

Meu Deus, que saudade de escrever!!
Agora não posso, é não tenho tempo... ou tenho, mas senão dormir amanhã será uma lama...

Mesmo assim repito, que saudade de escrever...

By the way, hoje conheci um louco... adoro conhecer pessoas fora dos padrões... será o máximo fazer negócios com este francês... parfait!!


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Friends.

Tive um final de semana maravilhoso. Viajei com amigas para o Rio de Janeiro... sensacional!

Minhas amigas são pessoas diferentes umas das outras e às vezes surgem certas situações que me sinto um pouco desconfortável tentando fazer que todos compreendam o que o outro quis dizer. Mas também é sempre alguma bobagem e acabamos rindo e penso: quando energia gasta de maneira descenessária.

Obviamente as conheço muito bem, ou acho que sim até porque são duas das que fazem parte das “top three” da minha vida. Elas são tão diferentes... e acabo pensando em qual será a idéia que elas terão de mim, qual a imagem que transmito a elas, o que sou para elas.

Minhas três melhores são amigas são completamente diferentes umas das outras e justamente por isso me completam... Qual será a minha diferença delas? O que será que acrescento na vida delas? Eu não sei, só sei que elas são muito importantes para mim!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Control C, Control V

"É, ela voltou… e quando ela aparece por aqui é sempre pelo mesmo motivo: a representação do que às vezes não consigo fazer.

Mulher Maravilha, a heroína da minha infância… Tornou-se, na minha vida adulta, a representação da super mulher que dá conta de tudo… Humm… será que ela existe??

Vida louca, louca vida…

Logo voltarei com coisas bem bacanas!! Me aguardem!!"




















http://quandoparisalucina.com/2010/07/12/wonder-woman-o-retorno

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Brisa ou ventania...

"Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."

Clarice Lispector


terça-feira, 6 de julho de 2010

Chega.

Não tenho forças para absolutamente nada mais...
De novo um cansaço absoluto... um estado de exautão infinito...

Físico... emocional...
Nem sei o que pensar, ou fazer... não posso... tenho que parar...
Vou só fechar os olhos e tentar não pensar...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

...

"Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam um homem a fazer."

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Amor.

Novamente vou citar um post que Fabio Hernandez fez em seu blog. Nele ele comenta sobre uma música de George Harrison onde ele fala de amor e qual o seu papel nele: ser VOCÊ mesmo.

Como ele diz 'o verso essencial' é: “My life belongs to me/My love belongs to who can see it.”

Concordo 1000% e por isso compartilho com vocês!

Segue o link para vocês lerem o post e o vídeo da música.

http://fabiohernandez.wordpress.com/2010/07/02/minha-vida-pertence-a-mim/

quinta-feira, 1 de julho de 2010

NORMOSE...

Todo mundo quer se encaixar num padrão.
Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar.


Quanto mais a vida se torna truculenta, mais necessidade temos de buscar paz de espírito, o que explica o interesse crescente por crenças como o budismo e práticas como a ioga, que, cada uma a seu modo, procuram trazer a pessoa de volta para seu eixo interno, para um estado de relaxamento e de encontro com a felicidade através das coisas mais simples.
Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de "normose", a doença de ser normal.
Todo mundo quer se encaixar num padrão.

Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar.

O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido.

Quem não se "normaliza" acaba adoecendo.

A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não-enquadramento.

A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós?

Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" por intermédio de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, sejam lá quem forem todos.

Melhor se preocupar em ser você mesmo. A "normose" não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer a quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta.

Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original.

Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais. Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

E VOCÊ, O QUE ACHA DA NORMOSE??

Martha Medeiros
Texto publicado no Jornal Zero Hora, de Porto Alegre, em 05/08/2007